segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Nomeações - Conselho Municipal de Educação

No âmbito do processo de eleição, dos representantes dos Pais e Encarregados de Educação, no Conselho Municipal de Educação de Odivelas, foram eleitos 2 elementos, sendo um deles nomeado pela Associação de Pais da António Gedeão e o outro pela Associação da Vasco Santana.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sessão para Pais sobre "Internet Segura e Cyberbulying"

É com a maior satisfação que vimos por este meio divulgar a realização de uma sessão dirigida fundamentalmente aos Pais e Encarregados de Educação sobre Internet Segura e Cyberbullying.
Esta sessão será um momento de reflexão e debate sobre as questões relacionadas com estes temas e será dinamizada pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIN).
Irá realizar-se no dia 12 de fevereiro de 2014, entre as 18h00 e as 19h30, na escola E.B. 2/3 António Gedeão.

Parceria Cambridge School

Relembramos os Pais e Encarregados de Educação que esta Associação tem uma parceria com a Escola de Linguas Cambridge School.
Esta parceria, permite aos nossos associados descontos, na Inscrição e na frequência de cursos nesta instituição de ensino, altamente credenciada.
Os exames aproximam-se, e mais do que isso, a formação no Cambridge é um excelente complemento às aulas linguas.
Informe-se junto da Escola de Linguas Cambridge School.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Carta Aberta ao Exmo. Sr. Ministro da Educação e Ciência

Exmo. Sr. Ministro da Educação e Ciência do Governo de Portugal (como agora pomposa e orgulhosamente se apelida, e bem, o designado órgão de soberania)

Pensámos muito antes de lhe enviar esta missiva, não porque não fosse necessária, mas sim, porque o formato e o meio teria que ser diferente, das muitas cartas que diariamente lhe chegarão às mãos (ou se perderão pelos corredores, armários e gavetas que revestem o edifício da 5 de Outubro). Assim, o melhor seria torná-la pública porque sendo V. Exa. titular de um cargo público, decerto que aquilo que lhe diz respeito, dirá também a todos os portugueses.

Somos uma Associação de Pais de uma Escola, nos arredores de Lisboa, em Odivelas, à qual deram o nome de António Gedeão, aquele que um dia disse que “…sempre que o Homem sonha, o mundo pula e avança…”. Nós também vivemos de sonhos, mas não esperamos impávidos e serenos que os mesmos se realizem. Fazemos com que se realizem!

Há vários anos que nos debatemos com problemas, como todas as Escolas, mas sempre tentámos ultrapassar os mesmos, com trabalho, com o nosso tempo, e sobretudo, com muita imaginação. Mas, e nestas coisas há sempre um “Mas”…a imaginação acaba onde começam as burocracias, o trabalho esbarra muitas vezes nas leis que fomentam entropias, e o tempo esgota-se, de braço dado com a paciência…

Chegou o momento em que nos dirigimos a si, porque acreditamos que terá a mesma vontade e o mesmo ânimo que nos assiste, em fazer mais e melhor pela Escola, pela Educação e pelos alunos, e é aqui que lhe queremos contar, porque decerto quererá ler esta missiva até final, as dificuldades com que nos deparamos.

A nossa Escola, Senhor Ministro, terá sido projetada para cerca de 500 alunos, e hoje já vai em cerca de 800; na nossa Escola havia dezenas de assistentes operacionais que supriam as necessidades existentes. Hoje em dia, para um número substancialmente maior de alunos, os funcionários não chegam a uma dúzia, porque os rácios definidos, bem como a permanente baixa médica de vários funcionários, nos deixam nestas condições. Perfeito, dirá o Senhor Ministro, estamos a economizar bastante, e desta forma a nossa economia vai ficar mais próspera.
Do ponto de vista puramente economicista (e até com base no simples raciocínio matemático, do qual sabemos ser adepto), esse é um facto indesmentível, o mesmo trabalho com menos recursos, gera mais poupança.
Acontece, Senhor Ministro, que devido a uma lei que define os rácios de número de funcionários por aluno, a “coisa” não é tão lógica como a matemática poderia fazer parecer, senão vejamos com exemplos:
- uma escola tem 800 alunos e 15 funcionários (por exemplo), esses funcionários (agora designados assistentes operacionais, no nosso tempo de alunos, eram contínuos) dividem-se em 2 turnos, porque a Escola abre às 8 da manhã e encerra cerca das 19 horas
- olhamos para os rácios e a relação alunos/funcionário cumpre os rácios definidos pelo Ministério da Educação, perfeito! Não fosse esta uma Escola desenhada num formato longitudinal, com 2 pisos, onde o funcionário ou está numa ponta ou na outra, ou está num piso ou noutro, ou está a fazer serviço na papelaria, ou na reprografia, ou no Bar, ou nos balneários, ou na portaria, logo não pode estar em nenhum dos outros locais.
Concluímos assim, que a forma de definir rácios, efetuada por técnicos sentados numa secretaria da 5 de Outubro, não foi a melhor.
Vamos imaginar Senhor Ministro que lhe impunham também a si rácios de assessores, motoristas, secretárias e afins. Considera que as suas necessidades e do seu Ministério são por exemplo, iguais às do Ministro dos Assuntos Parlamentares (sem desprimor para este)?

Agora imagine Senhor Ministro, que os seus motoristas por motivos de doença faltam ao trabalho e apresentam uma baixa médica, nalguns casos prolongada. Queremos acreditar que não irá passar a deslocar-se de transportes públicos…mas Senhor Ministro, na nossa Escola, temos funcionários com baixas prolongadas de meses e anos, e não temos quem os substitua…

Agora vamos sair do campo da imaginação Senhor Ministro, e vamos aos factos reais:
- nesta Escola cerca de 50 % dos alunos são de escalão A do SASE;
- nesta Escola, a diminuição do número de funcionários aumentou substancial e perigosamente a insegurança que aqui se vive, e com que se debatem alunos, assistentes operacionais e inclusivamente professores;
- quando os funcionários ficam doentes não temos quem os substitua;
- quando em outras Escolas mais pequenas com 1 ou 2 funcionários, do mesmo Agrupamento, ficam com menos 1 pessoa que seja, tem que ser deslocado um da nossa Escola para lá, para que aquela não feche as portas e não deixe dezenas ou centenas de crianças na rua;>br /> - em determinados horários, excluindo a portaria, apenas temos um funcionário de serviço, dentro do edifício escolar;
- quando se definiram os rácios, alguém se esqueceu, que quando um miúdo vai para o hospital tem que ir um funcionário a acompanhá-lo (e que quanto maior é a insegurança, maior o número de acidentes e de incidentes) e que quando há atividades fora da Escola, tem que estar pessoal auxiliar com os alunos;
- podíamos dar-lhe dezenas de exemplos, mas sendo esta carta pública reservamos para nós, para os locais próprios, e para lhe contar se for do seu interesse, outras situações que nos têm afetado, nomeadamente ao nível da segurança.

Chegámos a um ponto, neste ano é caótico, em que desde o início das aulas (e já estamos em Fevereiro), temos trabalhado a menos de metade daquilo que seria suposto ser os nossos recursos.
Já tivemos (teve a Escola e os nossos filhos) que abdicar durante algum tempo das aulas de Educação Física por falta de funcionários para os balneários, porque era fundamental manter a segurança nos corredores e pátios. Suspendem-se serviços, como papelaria, reprografia e bar, entre outros, por falta de funcionários. Limita-se o uso das casas de banho para reduzir as necessidades de manutenção e limpeza, por falta de funcionários. Diminui-se no fundo, a qualidade do Ensino e da formação que deveria ser ministrada aos nossos jovens.

Senhor Ministro, a Escola que os nossos filhos frequentam, e na qual trabalham dezenas de funcionários do seu Ministério, não tem condições de higiene e limpeza aceitáveis e isto é intolerável! No seu Ministério, Senhor Ministro, no seu gabinete, cremos que não há nenhum dia em que o pó não seja limpo e o chão devidamente lavado e aspirado. Imagine o que seria, se o fizessem apenas uma vez por semana e por lá passassem centenas de pessoas.

A tudo isto, Senhor Ministro, nós temos assistido com compreensão, com paciência e com uma premissa: em primeiro lugar está a Educação dos nossos filhos. Mesmo que as condições não sejam as melhores, não vamos desistir.
Seria mais fácil fazer ruído nos órgãos de comunicação social, seria mais fácil manter a Escola fechada até que resolvam o problema…mas e se não resolvessem? Quem garantiria que os nossos filhos poderiam chegar ao final do ano com a matéria dada? De que forma estariam preparados para os exames?

Escola fechada não ensina, Senhor Ministro!

Resta-nos, nesta carta aberta, uma palavra para os professores, que apesar de tudo aceitam fazer tarefas que não lhes competem e sobretudo, para os poucos funcionários que temos e que vão fazendo “das tripas coração” para que esta seja uma Escola onde apesar de tudo, ainda se conseguem alguns dos melhores resultados em termos estatísticos do Concelho e do Distrito, onde Pais, Alunos, Professores e Pessoal Auxiliar ainda se sentam à mesa e discutem projetos em comum, porque apesar das dificuldades, como atrás dissemos, em primeiro lugar estão as crianças.

Senhor Ministro, quando o Governo de Portugal gasta milhões a pagar subsídios de desemprego às pessoas, que infelizmente perderam os seus postos de trabalho, será que essas pessoas não podem dispensar parte do seu tempo para trabalhar nas Escolas, ocupando o resto do dia a procurar o emprego que naturalmente ambicionam? Será pedir muito que, já que o Estado lhes paga um ordenado mensal, dispensem um terço do seu tempo a trabalhar? Senhor Ministro, o Centro de Emprego de Loures terá milhares de inscritos e a receber subsídios, para ficarem parados. Caramba Senhor Ministro! Que se aproveitem estas pessoas que são válidas e a quem se lhes está a pagar um salário!

Senhor Ministro, retomando António Gedeão, “…o mundo pula e avança, como uma bola colorida, entre as mãos de uma criança…”. Não retire a bola às crianças Senhor Ministro! Dê-lhes as condições de que necessitam para ter um futuro melhor, tendo direito a condições mínimas para aprender, para que, com o nosso exemplo, possam fazer ainda melhor no futuro.

Agradecendo desde já a sua atenção a esta missiva, que decerto leu com curiosidade, ficamos a aguardar também notícias suas…ou, que cheguem primeiro os funcionários que nos fazem falta, que nós trataremos de lhe anunciar a boa nova! Não nos deixe abrir noticiários por a Escola estar fechada, ajude-nos sim, a ser notícia porque daqui saíram alunos brilhantes, já que para isso lhes foram dadas condições.

E se algum dia quiser saber de nós, ou das nossas preocupações, é fácil encontrar-nos, normalmente andamos por aqui pela Escola, a ajudar…

Atenciosamente

A Associação de Pais da Escola EB 2,3 António Gedeão, em Odivelas

Odivelas, 06 de Fevereiro de 2014